sexta-feira, 21 de junho de 2013


Estudo confirma que rotação do núcleo da Terra não é constante


   Em 2011, um trabalho realizado por geofísicos da Universidade de Cambridge e publicado no periódico Nature mostrou que o núcleo da Terra girava mais devagar do que se pensava e que essa variação fazia a posição angular do núcleo atrasar um grau a cada milhão de anos. Com o novo estudo, fica evidente que essa diminuição na rotação verificada pelo grupo de Cambridge não é constante e que a velocidade pode sofrer acelerações.

Nucleo do Terra

   Para o estudo, os pesquisadores australianos utilizaram um método diferente do trabalho anterior (baseado em ondas sísmicas) e realizaram um levantamento estatístico dos registros de terremotos duplos ocorridos nos últimos 50 anos. Esses tremores, segundo a metodologia empregada são terremotos duplos de magnitude quase idêntica que podem ser registrados em um período que varia entre duas semanas a 40 anos, mas que se diferenciam das réplicas.

   Segundo Tkalcic, foi interessante constatar que esses tremores duplos se assemelham com uma diferença de 10, 20 ou 30 anos. Para o pesquisador, cada par de tremores tem uma leve diferença que - segundo ele - está ligada à velocidade de rotação do núcleo. "Foi com base nessa diferença que pudemos reconstruir a história de como o núcleo girou nos últimos 50 anos".
Tkalcic não especula sobre a possibilidade desse novo método poder ajudar na previsão dos terremotos, mas diz acreditar que poderá colaborar no entendimento de como o núcleo gera o complexo campo magnético da Terra.

  

Estudo tenta explicar o misterioso som das auroras boreais

   Não é incomum que observadores, turistas ou moradores locais relatarem terem ouvido sons relacionados às auroras, sem entretanto poderem comprovar que isso de fato acontece. Por ocorrerem a mais de 100 km de altitude os cientistas também não acreditam nessa hipótese, mas um grupo de pesquisadores parece estar um pouco mais perto de tentar explicar o fenômeno.

   Uma pesquisa realizada pelo cientista Unto Laine, da Universidade de Aalto, na Finlândia, mostra que os sons associados às auroras são provavelmente produzidos pelas mesmas partículas energéticas do sol que causam as auroras, mas em altitude muito mais baixas, bem próximas ao solo
.

   De acordo com o cientista Unto Laine, da Universidade de Aalto, na Finlândia e coautor do estudo, estas partículas ou a perturbação geomagnética produzida por elas parecem produzir sons a cerca de 70 metros de altura.

  Para determinar onde ocorria o fenômeno, Laine e seus colegas compararam os sons captados por três microfones instalados em um local de alta atividade auroral com medições realizadas simultaneamente pelo Instituto Meteorológico da Finlândia e constataram um padrão típico durante alguns episódios de atividade. Segundo Laine, o som das auroras não ocorre durante todos os eventos e normalmente são muito rápidos e fracos, o que requer boa audição e baixo ruído de fundo para serem ouvidos. Os eventos mais comuns se assemelham a aplausos, estalos ou golpes de chicote.

   Apesar da captação dos sons e de sua provável ligação com as auroras, os cientistas ainda não sabem ao certo como eles são criados. Para Laine, a diversidade sonora envolvida mostra que uma série de mecanismos diferentes pode estar envolvida, mas conhecer onde o som é produzido é a fundamental para a solução do mistério.

Google lança na atmosfera dezenas de pontos de acesso à internet


 O experimento inédito colocou na alta atmosfera diversos balões científicos carregados com pontos de acesso wi-fi. O objetivo é permitir conexão à internet de alta velocidade nas áreas mais remotas do planeta, onde não existe sinal de celular ou cobertura via satélite.

   
    Batizado de Projeto Loon, o experimento ainda está em fase de testes e na última semana completou a primeira etapa ao colocar na alta atmosfera da Terra 30 balões científicos repletos de equipamentos de comunicação. Os balões foram lançados da cidade de Christchurch, na Nova Zelândia e deverão permanecer no ar por cerca de 100 dias. Cada balão mede cerca de 15 metros de diâmetro e entre os equipamentos embarcados estão um computador de bordo, rádios, antenas, um subsistema de controle de altitude e um conjunto de painéis solares para fornecer energia ao conjunto.

  Os balões utilizados são do tipo científicos, conhecidos como "super pressão". São construídos em plástico selado e preenchidos com gás hélio altamente pressurizado. Balões desse tipo têm grande capacidade de carga e normalmente são utilizados para levar toneladas de equipamentos a mais de 35 mil metros de altitude.

    No caso do Projeto Loon, os balões se manterão a 20 mil metros e navegarão no espaço através das correntes de jato. Nesta altitude, a área da superfície coberta por cada ponto wi-fi flutuante é de cerca de 40 km de diâmetro. De acordo com a Google, nesta primeira fase foram selecionados 50 voluntários das cidades de Christchurch e Canterbury, na Nova Zelândia, mas já existem planos de parceria bem adiantados em outros países, entre eles Argentina, Chile, África do Sul e Austrália.

Bola de fogo cruza diversas cidades da região Sudeste do Brasil


   Uma bola de fogo cruzou o céu noturno na noite de terça-feira e foi vista por diversos observadores da região sudeste. O bólido tinha cor avermelhada e pode ter sido provocado pela reentrada de restos de um foguete chinês do tipo Longa Marcha.


   De acordo com alguns observadores que escreveram para o Apolo11, a bola de fogo cruzou lentamente o céu no sentido sudeste e aparentava ter uma pequena cauda parecida com um cometa. "As 23h40, um objeto cruzou o céu de Araçatuba-SP. Do momento que vi, estava próximo ao zênite indo em direção ao sudeste e foi até próximo ao horizonte, atrás de casas, onde não conseguia mais ver", disse o observador Diego Adelson, que testemunhou a passagem.

Sol atinge o trópico de Câncer e é inverno no hemisfério Sul


   Exatamente às 02h04 de sexta-feira a Terra completa mais uma etapa em sua jornada ao redor do Sol. Nesta hora os raios solares atingirão a máxima inclinação desde a linha do equador e fará com que noite seja a mais longa do ano. Prepare-se: o inverno chegou ao hemisfério sul do planeta!

Solstico de inverno_de_2013

   Chamado de solstício de junho ou de inverno, a data também marca a chegada do verão no hemisfério norte, onde o Sol atingirá a menor inclinação, tornando esta a noite mais curta e o dia mais longo do ano.

sábado, 15 de junho de 2013

Anel laser melhora as medições dos movimentos da Terra 

   Para medir o bamboleio, os cientistas desenvolveram um dispositivo com dois feixes de laser que operam em contra-rotação e percorrem um caminho quadrado e fechado, refletido por espelhos. Quando o arranjo é posto a girar, o feixe que é disparado no mesmo sentido de rotação da Terra teria que percorrer mais espaço do que aquele que é disparo no sentido oposto, criando um padrão de interferência que pode ser medido.
No entanto, diferente do experimento de Michelson feito no final do século 19, não é o arranjo que gira e sim a Terra.

   "Se estivéssemos próximo a um dos polos, a Terra e os eixos de rotação do laser estariam perfeitamente sincronizados e a velocidade resultante de rotação seria de 1:1, mas na linha do equador o feixe de laser nem notaria que a Terra está girando", explicou Schreiber.
Com esse experimento, mudanças mínimas no eixo de rotação da Terra alteram o padrão de interferência ótica, permitindo aos cientistas não só confirmarem diretamente o balanço de Chandler mas também medir as oscilações anuais, que se mostraram compatíveis com os dados registrados pelo arranjo de 30 radiotelescópios.



Atividade solar produz festival de auroras no hemisfério norte


   Mesmo deixando a desejar, o pico do ciclo solar 24 tem produzido diversas tempestades geomagnéticas aqui na Terra. As tormentas não causaram as consequências cataclísmicas ditadas pelos apocalípticos, mas têm produzido auroras espetaculares em diversas partes do mundo.

Aurora Boreal

   Apesar de fracas ou medianas, as explosões solares têm ocorrido com bastante frequência ultimamente, com diversas ejeções de massas coronais que eventualmente chegam à Terra ou poderosos flares de raios-x que atingem ou superam a classe-M, de média intensidade. Durante as tempestades solares, parte das partículas ejetadas pelo Sol chega até as cercanias da Terra, onde são desviadas pela magnetosfera em direção aos polos. Quando tocam a ionosfera, as partículas carregadas excitam os átomos de nitrogênio e oxigênio, produzindo um intenso fenômeno de luz e cor conhecido como aurora polar.



Nasa planeja lançar a maior vela solar já construída


   Com cerca de 1200 metros quadrados, a nave será lançada no próximo ano e deverá ser o maior artefato do tipo já construído. O objetivo será demonstrar a capacidade da energia solar como propelente de naves espaciais de última geração.
Vela Solar Sunjammer

   De acordo com a agência espacial americana, NASA, a vela da Sunjammer, como foi batizada a espaçonave, mede aproximadamente 38 metros de comprimento de cada lado e pesa 32 quilos. Apesar do tamanho, quando enrolada seu volume se assemelha ao de uma máquina de lavar roupas.

   Se tudo correr como o planejado, a vela solar será levada ao espaço em novembro de 2014 através de um foguete do tipo Falcon 9, da empresa privada Space-X. A Sunjammer será a segunda carga a ser colocada em órbita, logo após a liberação do Observatório Climático do Espaço Profundo - DSCOVR - pertencente à Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, NOAA. Após a liberação a Sunjammer seguirá seu caminho impulsionada pela pressão dos fótons solares até chegar à sua posição definitiva a 3 milhões de quilômetros da Terra.

   Segundo a empresa L'Garde, fabricante da vela, a máxima pressão solar exercida sobre a estrutura será de 0,01 Newton, ou o peso equivalente a um pacotinho de adoçante. Apesar da baixa quantidade de empuxo, a Nasa espera que as velas solares possam fornecer uma nova solução para missões robóticas de longa distância, entre elas as de remoção dos mais de 8 mil pedaços de lixo espacial que estão atualmente orbitando a Terra.

Fotógrafo registra trilha de planetas após o entardecer


   No último mês, uma extraordinária conjunção planetária tomou conta do horizonte instantes após o pôr-do-Sol. Ali, três planetas disputavam o olhar atento dos observadores que admiravam o esplêndido encontro planetário antes da noite que se iniciava.

Conjunção Planetária

   A cena pode ser contemplada de qualquer lugar do mundo e durou vários dias. A foto mostrada é apenas um dos exemplos e foi registrada no dia 25 de maio de 2013 pelo astrofotógrafo Chris Kotsiopoulos.

   A imagem mostra o rastro de Júpiter, Vênus e Mercúrio vistos a partir da margem de um lago na ilha de Kos, na Grécia. Para produzi-la o fotógrafo fez uma série de tomadas individuais enquanto os astros caminhavam no céu em direção ao horizonte.
Bem mais tênue que o brilho dos planetas, a estrela Elnath, a beta da constelação de Touro, também deixou sua marca mais à direita da foto. Atualmente, Júpiter já está mais presente, mas Mercúrio e Vênus ainda podem ser vistos bem próximos ao horizonte. Vale dar uma espiadinha!

sábado, 8 de junho de 2013

   

As crateras Messier em Stereo 


Muitos brilhantes nebulosas e aglomerados de estrelas no céu do planeta Terra estão associados com o nome do astrônomo Charles Messier , de seu famoso catálogo do século 18. Seu nome também é dado a estas duas crateras grandes e notáveis ​​na lua. Os destaques no escuro do mar, suave lunar de fertilidade ou Mare Fecunditatis, Messier (esquerda) e Messier A tem dimensões de 15 por 8 e 16 por 11 km, respectivamente. Suas formas alongadas são explicados por uma trajetória extremamente ângulo raso seguido de o pêndulo , movendo-se da esquerda para a direita, que arrancaram as crateras . O impacto superficial também resultou em dois raios luminosos de material que se estende ao longo da superfície para a direita, fora do quadro. Destina-se a ser visto com óculos vermelho / azul (vermelho para o olho esquerdo), esta imagem estéreo impressionante da dupla cratera foi recentemente criada a partir de scans de alta resolução de duas imagens ( AS11-42-6304 , AS11-42-6305 ) tomadas durante missão Apollo 11 à lua.


sexta-feira, 7 de junho de 2013

  

A Nebulosa Borboleta

Os cachos brilhantes e nebulosas do céu nocturno do planeta Terra são muitas vezes nomeado para flores ou insetos . Apesar de sua envergadura abrange mais de três anos-luz, NGC 6302 não é excepção. Com uma temperatura de superfície estimada em cerca de 250 mil graus C, a estrela central de morte deste em particular nebulosa planetária tornou-se excepcionalmente quente, brilhando em luz ultravioleta, mas escondido da visão direta por um toro densa de poeira.

     Este nítidas e coloridas close-up da morte nebulosa da estrela foi gravado em 2009 pela Wide Field Camera telescópio espacial de Hubble 3, instalado durante a última missão de serviço de transporte . Atravessando uma cavidade brilhante de gás ionizado, a poeira toro em torno da estrela central está perto do centro desse ponto de vista, quase de lado para o line-of-sight. Hidrogênio molecular foi detectada em pó mortalha cósmica da estrela quente. NGC 6302 fica a cerca de 4.000 anos-luz de distância, na arachnologically constelação correto do Escorpião ( Scorpius ).



 Nebulosa do Anel 

    Exceto para os anéis de Saturno , a Nebulosa do Anel (M57) é provavelmente a mais famosa banda celestial. Sua aparência clássica entende-se devido à nossa própria perspectiva, no entanto. O recente mapeamento da expansão da nebulosa estrutura 3-D , com base, em parte, esta imagem do Hubble claro , indica que a nebulosa é uma relativamente densa, a filhós-como o anel envolto em torno do meio de uma nuvem em forma de futebol de gás incandescente.

     A vista do planeta Terra olha para o longo eixo do futebol, de frente para o ringue. Claro que, neste exemplo bem estudado de uma nebulosa planetária , o material incandescente não vêm de planetas. Em vez disso, a mortalha gasoso representa camadas exteriores expulsos da morte, uma vez ao sol como a estrela , agora um pequeno ponto de luz visto no centro da nebulosa. Luz ultravioleta intensa da estrela central quente ioniza os átomos no gás. Na foto, a cor azul no centro é hélio ionizado, a cor turquesa do anel interno é o brilho de hidrogênio e oxigênio, ea cor avermelhada do anel externo é de nitrogênio e enxofre. A Nebulosa do Anel é de cerca de um ano-luz de diâmetro e 2.000 anos-luz de distância.

Telescópio Hubble registra impressionante imagem do cometa ISON.


   Localizado a 610 milhões de km do Sol, o cometa C/2012 S1 ISON já chama bastante a atenção dos pesquisadores. Uma nova imagem, feita pelo telescópio espacial Hubble permitiu aos cientistas efetuarem medições mais precisas desse visitante que a cada dia se aproxima mais do Sol.



    A nova imagem, registrada com incrível quantidade de detalhes, revela um intenso jato de partículas geladas sendo soprado na direção oposta do Sol, revelando que o calor e a pressão do vento solar já exercem influência significativa na estrutura do cometa.A cena também permitiu medir alguns parâmetros físicos e os primeiros números sugerem que o núcleo de ISON tem entre 5 e 6 km de diâmetro, considerado bastante pequeno quando comparado ao alto nível da atividade observada.

    A atmosfera do cometa, chamada de coma ou cabeleira foi estimada em 5 mil km, enquanto a esteira de partículas se estende por mais de 90 mil km desde o núcleo.


Localização do cometa ISON
    À medida que o cometa se aproxima do Sol e se aquece, mais material gelado será sublimado (passagem do estado sólido para o estado gasoso), o que tornará sua coma ainda maior. Com a aproximação, a pressão do vento solar também será mais intensa e soprará com mais vigor as partículas de gelo e poeira, o que fará a cauda de ISON se entender por milhões de quilômetros.
 Poderia vida nunca ter existido em Marte?


   Para ajudar a descobrir, a humanidade conseguiu o rover Curiosity em Marte em agosto passado. Para certificar-se o explorador do tamanho do carro sobreviveu à viagem interplanetária e pouso dramático intacta, a imagem acima e outros, foi tomada olhando para, sob, e em torno de curiosidade. foto acima neste vista incomuns são três das seis rodas do Curiosity, cada um medindo cerca de metade um metro de diâmetro. Nos últimos meses, o Curiosity tem vindo a explorar os arredores de uma área apelidada de Yellowknife Bay . As análises dos dados obtidos por câmeras de curiosidade e laboratórios a bordo proporcionou forte evidência nova que Marte poderia uma vez ter apoiado vida . À distância, faz parte da encosta do pico central dentro da cratera Gale , que Curiosity está programado para tentar subir - MT. Afiada .

sábado, 1 de junho de 2013


O cometa do sol


    Uma vez que o famoso cometa do sol , PanSTARRS (C/2011 L4) é agora visível durante toda a noite de grande parte do hemisfério norte, com destino ao Sistema Solar exterior, uma vez que sobe bem acima do plano da eclíptica. Dimmer e fading, do cometa ampla cauda de poeira ainda está crescendo, apesar de tudo. Esta imagem telescópica widefield foi tomada contra o fundo estrelado da constelação de Cepheus no dia 15 de maio. Ela mostra o cometa desenvolveu uma extensa anti-cauda , a poeira de fuga ao longo da órbita do cometa (à esquerda do coma), estendendo-se mais de 3 graus em toda a estrutura. Uma vez que o cometa é um pouco mais de 1,6 unidades astronômicas do planeta Terra, que corresponde a uma distância de mais de 12 milhões quilômetros. no final de maio Comet PanSTARRS passará dentro de poucos graus do pólo celestial norte.



Saiba tudo sobre o conserto do telescópio espacial Hubble.


   A próxima missão do programa dos ônibus espaciais está sendo ansiosamente aguardada pela comunidade astronômica em todo o mundo. E não é para menos. A missão é completamente voltada aos reparos do telescópio espacial Hubble e tem como objetivo fazer uma verdadeira reforma no mais importante observatório astronômico em órbita da Terra.


 A missão de reparos, oficialmente chamada STS-125, será a última viagem que um ônibus espacial fará com destino ao telescópio. Durante as cinco EVAs - atividades extraveiculares - programadas, os astronautas deverão instalar dois novos instrumentos, reparar outros dois equipamentos inativos e realizar uma série de substituições de componentes que farão com que o telescópio continue em operação até 2014.

  Durante o conserto do telescópio, um verdadeiro batalhão de engenheiros localizados em diversos Estados americanos estará dando apoio aos astronautas em todas as fases da missão. As principais instruções e comandos, no entanto, partirão do GFSC, Centro Espacial Goddard, da Nasa, onde funciona o Centro de Controle e Operações do Telescópio. Dali partirão os comandos diretamente ligados ao observatório, que permitirão que o equipamento receba as manutenções em pleno espaço.


Como será?

  Entre os comandos que serão enviados pelo GSFC estará o fechamento da proteção que envolve os sistemas óticos e o reposicionamento do telescópio para que a nave Atlantis fique corretamente posicionada. Quando o ônibus espacial estiver a apenas 60 metros do Hubble, o Centro Goddard executará uma rolagem no telescópio, o que permitirá que o braço robótico da Atlantis agarre o telescópio e o traga até o compartimento de carga.


  Uma vez capturado, os astronautas iniciarão cinco atividades extraveiculares, também chamados passeios espaciais, com duração de seis horas e meia cada uma. Os trabalhosserão realizados externamente sempre por dois astronautas. Um deles será responsável pelas tarefas envolvendo os componentes livres de flutuação acoplados ao Hubble emquanto o segundo trabalhará conectado ao braço robótico Canadarm, que será operado por um terceiro astronauta.

   Para manter a segurança e evitar que flutuem para longe do ônibus espacial, os astronautas permanecerão amarrados a um dos cabos que correm ao longo do compartimento de carga. Além disso, o telescópio Hubble foi construído com corrimãos que permitem aos astronautas atingirem partes do equipamento sem correrem riscos.



Novos Instrumentos

  A maioria dos componentes do Hubble, especialmente os instrumentos, foi projetada para ser facilmente removida durante as operações de reparos. Durante a missão atual, a principal prioridade será a instalação dos novos instrumentos, entre eles a Câmera de Ângulo Largo 3, WFC3 e o Espectrógrafo de Origens Cósmicas, COS.


  A WFC3 será o principal instrumento no estudo da energia e matéria escura, formação das estrelas e descoberta de galáxias extremamente remotas. A câmera tem capacidade de "ver" em três diferentes comprimentos de onda: ultravioleta próximo, visível e infravermelho próximo. Além disso, seus sensores têm uma gama de resposta muito maior que os instrumentos atuais a bordo do telescópio.

   A nova câmera será instalada no mesmo compartimento onde hoje está a Câmera Planetária de Ângulo Largo, WFPC2, que será retirada para liberar espaço para o novo instrumento.

 O segundo equipamento, COS, é um espectroscópio que "vê" apenas no comprimento de onda ultravioleta, capaz de decompor a luz proveniente de galáxias em evolução ou planetas em formação, permitindo aos cientistas conhecerem os elementos químicos que compõe os objetos. De acordo com a Nasa, o novo equipamento aumentará em 70 vezes a capacidade de observação de objetos muito tênues.

   Da mesma forma que a câmera de ângulo largo, O COS será instalado no local de outro equipamento que será substituído. Neste caso a peça a ser trocada será o COSTAR, um dispositivo instalado no Hubble durante a primeira missão de reparos em 1993 e que foi utilizada para corrigir uma imperfeição do espelho principal do telescópio. Desde a primeira missão de consertos, todos os instrumentos trocados já englobavam a tecnologia de correção, assim o Costar não é mais necessário.


Mais Tarefas

   Além da instalação dos equipamentos a missão deverá substituir os giroscópios e os escudos térmicos do telescópio, além de fazer reparos e upgrades eletrônicos nos instrumentos. Entre os reparos essenciais está a Câmera Avançada de Pesquisas, ACS e Espectrógrafo Imageador STIS, parcialmente parados desde 2007 devido a um curto-circuito. A ACS é a uma das principais câmeras do Hubble e é a responsável pelas mais belas imagens captadas pelo telescópio. De acordo com a Nasa, o conserto desses dois equipamentos é comparado a uma verdadeira cirurgia cerebral, tamanha a complexidade e delicadeza da operação.



Conheça a tripulação

   A missão STS-125 será comandada pelo veterano astronauta Scott Altman, auxiliado pelo novato piloto Gregory Jonhson. De acordo com a Nasa, a previsão de lançamento da missão será na segunda-feira, 11 de maio, às 15h01 pelo Horário de Brasília, porém a data poderá ser alterada para dia 13 ou 22 de maio, dependendo das condições do tempo.

Veja abaixo quem irá ao espaço e quais serão suas tarefas na missão.


   Scott Altman - Comandante. Capitão da marinha americana nasceu em 15 de agosto de 1959. É engenheiro aeronáutico e Ph.D. em ciências espaciais. Tem experiência de 840 dias no espaço.

    Gregory Jonhson - Piloto. Capitão da marinha americana e bacharel em ciências espaciais.

   Michael Good - Especialista de missão, é coronel da força-aérea americana e mestre em ciências aeroespaciais.

   Megan McArthur - Especialista de missão e operadora do braço robótico. Nasceu em 1971 no Havaí. Bacharel em engenharia espacial e Ph.D. em oceanografia. Trabalhou como CAPCOM (comunicadora de cápsula) durantes as missões dos ônibus espaciais e Estação Espacial Internacional.

   John Grunsfeld - Especialista de Missão e líder das atividades externas. Mestre em ciências e Ph.D. em filosofia com especialização em física. Grunsfeld é veterano dos vôos espaciais. Já permaneceu mais de 1080 horas no espaço, realizando 5 passeios espaciais.

   Michael Massimino - Especialista de Missão e atividades externas. Bacharel em Engenharia industrial e Ph.D. em engenharia mecânica. Possui 240 horas no espaço e duas atividades extraveiculares no currículo.

   Andrew Feustel - Especialista de Missão e atividades externas. É mestre em ciências da Terra e Ph.D. em ciências geológicas, com especialização em sismologia. Essa é sua primeira missão ao espaço.

Cientistas determinam com precisão a Fronteira do Espaço.


   Afirmar onde fica a fronteira do espaço não é uma tarefa fácil, uma vez que não existe um consenso científico sobre onde exatamente se encontra essa suposta divisão, já que as camadas da atmosfera não têm limites físicos e não podem ser vistas. Recentemente, no entanto, pesquisadores canadenses criaram um novo instrumento que segundo eles é capaz de medir com precisão a localização dessa invisível região fronteiriça.


   A conclusão foi possível através da determinação do local da transição entre os ventos relativamente suaves detectados na alta atmosfera e os violentos fluxos energéticos de partículas vindas do espaço, que podem ultrapassar 1000 km/h. Segundo os pesquisadores que realizaram o estudo, os dados coletados são bastante consistentes e mostram que a região fronteiriça entre a Terra e o espaço fica a exatamente a 118 quilômetros de altitude.

   O experimento foi realizado por cientistas da Universidade de Calgary, no Canadá, que enviaram ao espaço o instrumento chamado Imageador de Íons Supra Termal. O equipamento foi transportado pela cápsula Joule-II, lançada pela da Nasa, que a colocou em órbita baixa de 200 km de altitude. O lançamento ocorreu em 29 de janeiro de 2007, mas só agora o trabalho foi finalizado e apresentado no periódico científico "Journal of Geophysical Research".


Medições difíceis

   A capacidade de coletar dados nessa altitude é bastante significativa, uma vez que é muito difícil fazer medições nessa região do espaço, baixa demais para os satélites de sondagens e alta demais para os balões estratosféricos. 


 "Essa é a segunda vez que conseguimos realizar medições das partículas carregadas nessa região e a primeira vez que todos os elementos, entre eles os ventos na alta atmosfera, foram incluídos no experimento", disse David Knudsen, professor do departamento de física e astronomia da universidade de Calgary.


Determinando a fronteira

   "Quando você arrasta um objeto pesado sobre uma superfície, a região da interface se torna quente. Da mesma forma, nosso experimento conseguiu detectar a posição exata onde duas regiões de grande altitude são arrastadas uma contra a outra: a ionosfera, impulsionada pelos fluxos vindos do espaço e a atmosfera terrestre, deslocada pelas correntes naturais", explicou Knudsen.


  As medidas feitas pela equipe de Knudsen confirmaram o trabalho de outros cientistas, que já haviam previsto teoricamente a mesma altitude de 118 km como a fronteira do espaço.

  "O resultado nos permite olhar mais de perto essa região e calcular o fluxo de energia que atinge a atmosfera da Terra, trazendo uma melhor compreensão da interação entre o espaço exterior e nosso ambiente", disse Laureline Sangalli, co-autora do trabalho e aluna de Knudsen. "A determinação dessa altitude também poderá ajudar a entender melhor a ligação entre as manchas solares e as mudanças climáticas, bem como o impacto que o tempo espacial tem sobre os satélites, as comunicação, navegação e geração de energia".

  Os instrumentos utilizados na detecção da fronteira do espaço também foram adotados pela missão Swarm, da Agência Espacial Européia, ESA, em uma missão que será lançada em 2010 e que deverá coletar dados na mesma região do espaço durante quatro anos.

Estudo: Marte pode ter sido um planeta azul, com um vasto oceano.


   Pesquisadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, divulgaram um estudo que traz grandes revelações. O hemisfério norte de Marte pode um dia ter abrigado um imenso oceano capaz de cobrir um terço de seu território. Em outras palavras, o ciclo hidrológico de Marte pode ter sido semelhante ao da Terra há 3,5 bilhões de anos.


Hipotético oceano em Marte

   Os cientistas acreditam que o planeta vermelho já teve formação de nuvens, de gelo, de chuva, de água corrente e de acumulo de água no solo. Segundo o estudo, um oceano cobriu 36% do planeta com um volume de água equivalente a um décimo dos oceanos na Terra. Em uma simulação é possível ver a extensão das águas sobre o planeta.

  Para chegar a essa conclusão, os cientistas analisaram pela primeira vez a distribuição de sedimentos em dezenas de deltas e milhares de vales do planeta, além de toda topografia de Marte, e observaram que muitos deltas ficam em altitudes semelhantes, sugerindo que os rios desembocaram para um mesmo lugar.A distribuição dos antigos deltas traça uma superfície em potencial para a presença de um vasto oceano nas planícies do norte do planeta. 29 dos 52 deltas foram em algum momento conectados.

  Essas constatações são a prova que os estudiosos precisavam. Pesquisas anteriores feitas a partir de sondas espaciais apontavam a possibilidade da existência de um oceano em Marte, mas as incertezas nas investigações continuavam por décadas.“Na Terra, deltas e lagos são excelentes coletores e depósitos de sinais de vida passada. Se alguma vez surgiu vida em Marte, os deltas podem ser a chave para desvendar o passado biológico do planeta”, afirmou Di Achille, um dos autores do estudo.

   “Uma das principais questões que gostaríamos de responder é onde foi parar toda a água de Marte”, indaga Achille.

Adolescente de 14 anos descobre a menor supernova ja registrada.


   Descobrir novos objetos no espaço não é uma tarefa fácil e exige muito estudo, disciplina e conhecimento do céu. Este é o caso de Caroline Moore, que apesar dos seus 14 anos de idade descobriu a mais tênue supernova já registrada e se tornou a pessoa mais jovem a realizar tal façanha.



   Caroline faz parte do grupo de busca por supernovas do Observatório de Puckett, em Nova York, e durante suas observações utilizou um telescópio amador de 40 centímetros de diâmetro, acoplado a uma câmera CCD conectada a um computador.Caroline tinha conhecimento de que uma das colegas do observatório, de apenas 16 anos, já havia descoberto uma supernova e ficou muito empolgada com a possibilidade de que também pudesse descobrir uma. 

   A descoberta de Caroline começou em 24 de janeiro de 2008, quando começou as primeiras observações da galáxia UGC12682, distante 70 milhões de anos-luz na constelação de Pégasus. Sistemática, a jovem estudou a galáxia e procurou se inteirar de tudo sobre o distante objeto.

   No dia 6 de novembro, como sempre fazia, Caroline apontou novamente seu telescópio para a galáxia, mas desta vez notou a existência de alguns pixels suspeitos na tela do computador. Depois de vasculhar as bases de dados e não encontrar nada que explicasse os estranhos objetos, Caroline foi orientada pelo seu coordenador Tim Puckett a enviar uma mensagem ao CBAT, Bureau Central de Telegramas Astronômicos, pedindo para que especialistas observassem o céu nas coordenadas informadas.



   A resposta demorou algumas semanas e deixou Caroline de olhos arregalados. O Bureau não apenas confirmou a descoberta como constatou que era a menor supernova ja registrada até agora. Segundo dados dos telescópios Magellan, no Chile, MMT no Arizona, Gemini e Keck no Havaí e do satélite Switff, da Nasa, usados para estudar o objeto após a descoberta, a supernova é cerca de 10 mil vezes mais fraca que as explosões normais desse tipo de estrela.

   O novo objeto recebeu o nome de SN 2008ha e apesar de ser a supernova mais tênue já descoberta, seu brilho máximo chegou a ser 25 milhões de vezes mais intenso que o Sol.

   No entender de Tim Puckett, a supernova descoberta por Caroline parece ser um novo tipo de supernova, situada entre as categorias "nova" (explosões nucleares na superfície de uma estrela anã branca que a fazem brilhar milhares vezes num período muito curto) e as supernovas (explosão de estrelas com mais de 10 massas solares). O cientista acredita que AN 2008ha seria uma quase supernova, cuja explosão foi suspensa e mantida em um estado entre as duas categorias.

Universo: A Cruz de Einstein e a curvatura do espaço-tempo.


   Quando se fala em miragem, quase sempre nos vem à mente aquelas paisagens do deserto ou das estradas, onde uma falsa imagem é criada pelo desvio da luz refletida na areia ou asfalto quente. No Universo essas miragens também acontecem, mas são provocadas por motivos bem diferentes.

Lente gravitacional - Cruz de Einstein

   A imagem acima é um exemplo típico de um desses fenômenos, chamado de Cruz de Einstein. A cena, captada pelo telescópio espacial Hubble mostra uma distante galáxia envolta por quatro pontos centrais que parecem ser o seu núcleo. Parece, mas não é.

   O que se vê na imagem é na realidade a luz proveniente de um distante e poderoso objeto, que ao passar pelo intenso campo gravitacional da galáxia é dividida em quatro feixes, em um mecanismo conhecido como "lente gravitacional". 

   Em 1915, Albert Einstein comprovou que a massa de um grande objeto pode criar uma curvatura no espaço-tempo ao seu redor, capaz até mesmo de curvar a trajetória de um raio de luz que passe pelas imediações. Dessa forma, um grupo de galáxias de grande massa também provoca uma forte curvatura no espaço-tempo, fazendo com que todos os raios luminosos que atravessem a região sejam curvados, formando uma verdadeira lente cósmica.

  Ao curvar a luz dos objetos, uma lente gravitacional permite enxergar outros elementos que estejam atrás das galáxias, criando uma ferramenta de grande utilidade no estudo do Universo. No caso da imagem mostrada, o objeto visualizado é um poderoso quasar escondido atrás do centro da galáxia, que não seria visível se não fosse a deformação do espaço-tempo criada pela colossal força da gravidade.


Lentes diferentes

   Nem todas as imagens criadas pelas lentes gravitacionais são iguais e dependem da geometria dos elementos envolvidos na criação da lente. Se a lente é esférica, por exemplo, a imagem resultante se parecerá com um anel luminoso, chamado "anel de Einstein". Se for alongada a imagem irá parecer como a "Cruz de Einstein", dividida em quatro. Se a lente é formada por um aglomerado de galáxias teremos a formação de arcos ou "arclets" de luz, grosseiramente descritas como tendo a forma de uma banana.


   Atualmente, os cientistas já observaram mais de 500 lentes gravitacionais, mas para que sejam úteis precisam ser cuidadosamente estudadas para se conhecer exatamente como elas curvam os raios luminosos. Este estudo é altamente complexo e até o momento somente dez lentes desse tipo foram completamente compreendidas.


Einstein e o eclipse de Sobral

A primeira vez que a curvatura do espaço-tempo foi observada na prática ocorreu durante o eclipse solar de 1919. Na ocasião, um grupo de astrônomos da Royal Astronomical Society de Londres veio até a cidade de Sobral, no Ceará, com o objetivo de medir o desvio da luz de uma estrela ao passar pela borda do disco solar.


eclipse de Sobral

   Segundo Einstein, a luz da estrela deveria ser desviada em 1,75 segundos de arco, duas vezes maior que o previsto pela teoria de Newton.No dia do eclipse, em 29 de maio, os cientistas fizeram sete boas imagens do fenômeno e em novembro do mesmo ano a Royal Astronomical Society anunciou que os resultados obtidos confirmavam o desvio da luz e a teoria de Albert Einstein.
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